sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Dois mil e onze.

* Feliz ano novo
* Feliz mês novo
* Feliz semana nova
* Feliz dia novo
* Feliz hora nova
* Feliz minuto novo
* Feliz segundo novo

Porque a todo instante a vida se renova,
e a felicidade não pode esperar outro ano nascer para acontecer.
Então Feliz-o-que-quer-que-seja pra você.
Finais de ano não me são agradáveis.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

"Até que a morte os separe"

O último retoque na maquiagem e pronto... ou quase. Resolveu escurecer um pouco mais a sombra, que realçava seus lindos olhos verdes. Agora, sim! Estava impecável para uma noite tão especial.
Desde que começara a namorar Tiago, sonhava com este dia: o dia em que ele a pediria em casamento. Agora, chegado o momento, já pensava mais além: no enxoval, nos filhos que teriam juntos e em como seria feliz envelhecer ao lado do homem amado.
Priscila e Tiago namoravam há quase dois anos. No começo, tiveram problemas com a infidelidade dele, mas tudo já estava resolvido e, principalmente, esquecido. Ninguém mais falava nesse assunto, e deveria ser assim mesmo: fatos ruins não têm de ser lembrados.
Ela olhou o relógio ansiosa: sete horas - o horário combinado. Fitou a porta de entrada da casa e imaginou que, em alguns instantes, passaria por ali o seu futuro marido, o homem a quem juraria amor eterno no altar. Sentia um "frio na barriga" sempre que pensava assim.
Ligou a televisão para o tempo passar mais depressa, porém deixou-a em qualquer canal, sem dar muita atenção à programação que passava. Não conseguia esconder o nervosismo. Olhou, novamente, o relógio pendurado na parede: sete horas e quinze minutos. Tudo bem, Tiago nunca havia sido pontual mesmo.
Cada movimento que o ponteiro dos minutos fazia aumentava a ansiedade de Priscila. Agora já eram quase oito horas. Ela não resistiu: ligou para a casa do namorado. Um toque... dois toques... ninguém atendeu. Ligou para o celular dele... caixa postal. Será que, depois de tantos momentos, sonhos e planos compartilhados, ele resolvera desistir de casar-se com ela? Mil pensamentos rondavam a cabeça de Priscila, e a ansiedade transformou-se em raiva. O relógio marcou oito e meia. Como ele pôde fazer isso? Por certo, estava, agora, feliz, zombando de Priscila em algum barzinho com os amigos. Aquele cretino! Definitivamente, os homens são todos iguais! Até parece que existe algo genético que os torna insensíveis e infiéis. Tiago, então! Era um desalmado! Ela sempre teve medo de que ele a traísse outra vez. Ah, mas dessa vez não tinha perdão! Ele ia conhecer uma Priscila que, em dois anos, nunca havia visto. Ela estava uma fera.
Dez horas da noite. Com a maquiagem borrada pelas lágrimas, Priscila foi dormir, desejando nunca mais ver Tiago.

* * * * *

Sete horas e cinco minutos. Em uma moto, um rapaz distraído, talvez pensando em algo especial que aconteceria logo mais, não vê o semáforo ficar vermelho e passa direto por ele. Um carro que vem na rua perpendicular tenta frear a tempo de não se chocar contra a moto. Buzinadas, pneus deslizando, vidros quebrando, tudo acontece muito rápido. Pessoas aglomeram-se ao redor do acidente. No meio, o corpo de um rapaz estendido no chão: Tiago está morto.

Em 16/05/07

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Dôra, Doralina.

“Bem como dizia o Comandante, doer, dói sempre. Só não dói depois de morto, porque a vida toda é um doer.

O ruim é quando fica dormente. E também não há dor que não se acalme – e as mais das vezes se apaga. Aquilo que te mata hoje amanhã estará esquecido, e eu não sei se isso está certo ou errado, porque acho que o certo era lembrar. Então o bom, o feliz se apagar como o ruim me parece injusto, porque o bom sempre acontece menos e o mau dez vezes mais. O verdadeiro seria que desbotasse o mau e o bom ficasse nas suas cores vivas, chamando alegria.

Pensei que ia contar com raiva no reviver das coisas, mas errei. Dor se gasta. E raiva também, e até ódio. Aliás também se gasta a alegria, eu já não disse?

Embora a gente se renove como todo mundo, tudo no mundo não se repete jamais – pode parecer que é o mesmo mas são tudo outros, as folhas das plantas, os passarinhos, os peixes, as moscas.

Nada volta mais, nem sequer as ondas do mar voltam; a água é outra em cada onda, a água da maré alta se embebe na areia onde se filtra, e a outra onda que vem é água nova, caída das nuvens da chuva. E as folhas do ano passado amarelaram, se esfarinharam, viraram terra, e estas folhas de hoje também são novas, feitas de uma seiva nova, chupada do chão molhado por chuvas novas. E os passarinhos são outros também, filhos e netos daqueles que faziam ninho e cantavam no ano passado, e assim também os peixes, e os ratos da dispensa, e os pintos... tudo. Sem falar nas moscas, grilos e mosquitos. Tudo.”

(Rachel de Queiroz)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Heart X Head

Não é que eu seja complicada, é apenas que, às vezes - não mais que às vezes - eu não sei o que eu quero. Ou talvez até saiba, mas meu coração e minha cabeça têm um relacionamento tão conflitante...! E, se eu decidir que vou seguir minha racionalidade, meu lado sentimental fica abalado (e, pra descontar minha escolha errada, me faz sofrer um bocado). Já se eu decido seguir meu coração, certamente, no final, vai dar tudo errado, então minha cabeça fica martelando coisas do tipo "Está vendo? Desde o ínicio eu avisei que isso não era o melhor pra você!" (e meu coração, só pra não perder o costume, me faz sofrer outro bocado). Aí eu vivo nesse conflito interno e, sábia ou burramente, em grande parte das vezes, acabo obedecendo o órgão mais sem sentido do meu corpo. É como diria Renato Russo: "E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer que não existe razão?". Por enquato, minha opinião é que eu não discordo nem concordo, muito pelo contrário. Mas, como eu já disse: não é que eu seja complicada...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Eis-me aqui.

Faço tudo errado, sei que tenho decepcionado Deus constantemente.. e nem ao menos dou o devido valor às pessoas que Ele, gentilmente, tem colocado no meu caminho. E é tão bom (apesar de vergonhoso) saber que Ele sempre está de braços abertos toda vez que me arrependo e volto. Bondade que não tem fim!

Eis-me aqui outra vez,
Diante de Ti abro meu coração
Meu clamor Tu escutas
E fazes cair as barreiras em mim
És fiel, Senhor,
E dizes palavras de amor e esperança sem fim
Ao sentir Teu toque,
Por Tua bondade libertas meu ser
No calor deste lugar
Eu venho ...
Me derramar, dizer que Te amo
Me derramar, dizer Te preciso
Me derramar, dizer que sou grato
Me derramar, dizer que és formoso

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Fizeram a gente acreditar...

"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer,só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida ó ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém"

(John Lennon)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Borboleta - Casimiro de Abreu

Borboleta dos amores,
Como a outra sobre as flores,
Porque és volúvel assim?
Porque deixas, caprichosa,
Porque deixas tu a rosa
E vais beijar o jasmim?

Pois essa alma é tão sedenta
Que um só amor não contenta
E louca quer variar?
Se já tens amores belos,
P'ra que vais dar teus desvelos
Aos goivos da beira-mar?

Não sabes que a flor traída
Na débil haste pendida
Em breve murcha será?
Que de ciúmes fenece
E nunca mais estremece
Aos beijos que a brisa dá?...

Borboleta dos amores,
Como a outra sobre as flores,
Porque és volúvel assim?
Porque deixas, caprichosa,
Porque deixas tu a rosa
E vais beijar o jasmim?!

Tu vês a flor da campina,
E bela e terna e divina,
Tu dás-lhe o que essa alma tem;
Depois, passado o delírio,
Esqueces o pobre lírio
Em troca duma cecém!

Mas tu não sabes, louquinha,
Que a flor que pobre definha
Merece mais compaixão?
Que a desgraçada precisa,
Como do sopro da brisa,
Os ais do teu coração?

Borboleta dos amores,
Como a outra sobre as flores,
Porque és volúvel assim?
Porque deixas, caprichosa,
Porque deixas tu a rosa
E vais beijar o jasmim?

Se a borboleta dourada
Esquece a rosa encarnada
Em troca duma outra flor;
Ela - a triste, molemente
Pendida sobre a corrente,
Falece à míngua d'amor.

Tu também minha inconstante
Tens tido mais dum amante
E nunca amaste a um só!
Eles morrem de saudade,
Mas tu na variedade
Vais vivendo e não tens dó!

Ai! és muito caprichosa!
Sem pena deixas a rosa
E vais beijar outras flores;
Esqueces os que te amam...
Por isso todos te chamam:
- Borboleta dos amores!

sábado, 18 de setembro de 2010

Aline no país dos livros.

Gosto de penetrar em outras mentes, viajar por outros lugares, conhecer novas situaçãos (muitas vezes inusitadas). Quando leio, me sinto teletransportada pra outro mundo. É como se meu corpo estivesse bem aqui, mas, quando meus olhos atravessam as páginas de um livro, minh'alma vai ao encontro dos personagens. A sensação é de estar num cantinho da cena, como observador-personagem. Sinto medo, rio, choro, me envolvo. É meu eu-lírico ali também.

Definitivamente, de todos os meus vícios, a leitura é o melhor.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

DEUS NUNCA ERRA!!!

Um rei que não acreditava na bondade de Deus tinha um servo que em todas as situações lhe dizia:
- Meu rei, não desanime porque tudo que Deus faz é perfeito, Ele não erra!
Um dia, eles saíram para caçar e uma fera atacou o rei. O seu servo conseguiu matar o animal, mas não pôde evitar que sua majestade perdesse um dedo da mão. Furioso e sem mostrar gratidão por ter sido salvo, o nobre disse:
- Deus é bom? Se Ele fosse bom eu não teria sido atacado e perdido o meu dedo.
O servo apenas respondeu:
- Meu Rei, apesar de todas essas coisas, só posso dizer-lhe que Deus é bom; e ele sabe o porquê de todas as coisas. O que Deus faz é perfeito. Ele nunca erra!
Indignado com a resposta, o rei mandou prender o seu servo.
Tempos depois, saiu para uma outra caçada e foi capturado por selvagens que faziam sacrifícios humanos. Já no altar, prontos para sacrificar o nobre, os selvagens perceberam que a vítima não tinha um dos dedos e soltaram-no: ele não era perfeito para ser oferecido aos deuses.
Ao voltar para o palácio, mandou soltar o seu servo e recebeu-o muito afetuosamente.
- Meu caro, Deus foi realmente bom comigo! Escapei de ser sacrificado pelos selvagens, justamente, por não ter um dedo! Mas tenho uma dúvida: Se Deus é tão bom, por que permitiu que você, que tanto o defende, fosse preso?
- Meu rei, se eu tivesse ido com o senhor nessa caçada, teria sido sacrificado em seu lugar, pois não me falta dedo algum.

Por isso, lembre-se: tudo o que Deus faz é perfeito. Ele nunca erra! Muitas vezes nos queixamos da vida e das coisas aparentemente ruins que nos acontecem, esquecendo-nos que nada é por acaso e que tudo tem um propósito. Toda manhã, ofereça seu dia a Deus. Peça para Deus inspirar os seus pensamentos, guiar os seus atos, apaziguar os seus sentimentos. E nada tema, pois DEUS NUNCA ERRA!!!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Vinte e poucos anos...

É tão estranho envelhecer 365 dias da noite pro dia! Quero dizer, até ontem, se você me perguntasse minha idade, eu diria "vinte". Mas hoje, já tenho vinte e um anos. Devo confessar que pouca coisa mudou de ontem pra cá. Nenhum cabelo branco nasceu na minha cabeça, minha dor na coluna não aumentou, minhas forma e disposição físicas continuam basicamente as mesmas. Pra ser bem sincera, acho que a única coisa que, de fato, não é a mesma é a minha idade. Sim, pois como já disse, o segundo que transformou as 23h 59min 59seg do dia 5 de agosto de 2010 em 0h 0mih 0seg do dia 6 de agosto do mesmo ano me deixou 365 dias mais velha! Mais um mistério inexplicável pra mim: um segundo com a força de um ano!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Papai do Céu.

Meu Filho,
Você pode não me conhecer, mas Eu sei tudo sobre você (Salmo 139:1). Eu sei quando você se senta e quando se levanta (Salmo 139:2). Eu conheço bem todos os seus caminhos (Salmo 139:3). E até os cabelos da sua cabeça são todos contados (Mateus 10:29-31). Pois você foi feito à minha imagem (Gênesis 1:27). Em mim você vive, se move e tem existido, pois você é a minha descendência (Atos 17:28). Eu te conheci antes mesmo que você existisse (Jeremias 1:4-5). E escolhi você quando planejava a criação (Efésios 1:11-12). Você não foi um erro, pois todos os seus dias estão escritos no Meu livro (Salmo 139:15-16). Eu determinei o momento exato do seu nascimento e onde você viveria (Atos 17:26). Você foi feito de forma admirável e maravilhosa (Salmo 139:14). Eu formei você no ventre da sua mãe (Salmo 139:13). Eu tirei você do ventre da sua mãe no dia do seu nascimento (Salmo 71:6). Eu tenho sido mal representado por aqueles que não me conhecem (João 8:41-44). Eu não estou distante e zangado, pois sou a expressão completa do amor (1 João 4:16). E o meu desejo é derramar meu amor sobre você, simplesmente porque você é meu filho e Eu sou seu Pai (1 João 3:1). Eu ofereço a você mais do que seu pai terrestre jamais poderia lhe oferecer (Mateus 7:11). Porque sou o Pai perfeito (Mateus 5:48). Cada bom presente que você recebe vem da minha mão (Tiago 1:17). Pois eu sou o seu provedor e supro todas as suas necessidades (Mateus 6:31-33). Meu plano para o seu futuro tem sido sempre cheio de esperança (Jeremias 29:11). Porque Eu te amo com um amor eterno (Jeremias 31:3). Meus pensamentos sobre você são incontáveis como a areia na praia (Salmo 139:17-18). E Eu me regozijo sobre você com cânticos (Sofonias 3:17). Eu nunca vou parar de fazer o bem pra você (Jeremias 32:40). Porque você é o meu tesouro mais precioso (Êxodo 19:5). Eu desejo te estabelecer com todo meu coração e toda minha alma (Jeremias 32:41). E quero te mostrar coisas grandes e maravilhosas (Jeremias 33:3). Se você me buscar de todo o coração, você me encontrará (Deuteronômio 4:29). Se deleite em Mim e Eu darei a você os desejos do seu coração (Salmo 37:4). Pois fui Eu quem colocou esses desejos em você (Filipenses 2:13). Eu sou capaz de fazer mais por você do que pode imaginar (Efésios 3:20). Pois Eu sou o seu maior encorajador (2 Tessalonissenses 2:16-17). Eu sou também o Pai que conforta você em todas as suas dificuldades (2 Coríntios 1:3-4). Quando seu coração está quebrantado, Eu estou perto de você (Salmo 34:18). Como um pastor carrega um cordeiro, Eu carrego você perto do meu coração (Isaías 40:11). Um dia, Eu enxugarei todas as lágrimas dos seus olhos. E afastarei de você toda a dor que tenha sentido nesta terra (Apocalipse 21:3-4). Eu sou o seu Pai e amo você assim como amo o meu filho, Jesus (João 17:23). Pois em Jesus meu amor por você é revelado (João 17:26). Ele é a representação exata do que sou (Hebreus 1:3). Ele veio pra demonstrar que estou contigo e não contra ti (Romanos 8:31). E também para dizer a você que Eu não estou contando os seus pecados. Jesus morreu para que você e Eu pudéssemos ser reconciliados (2 Coríntios 5:18-19). Sua morte foi a expressão suprema do meu amor por você (1 João 4:10). Eu desisti de tudo que amava para que pudesse ganhar o seu amor (Romanos 8:31-32). Se você receber o presente do Meu filho Jesus, você recebe a Mim (1 João 2:23). E nada poderá separar você do Meu amor outra vez (Romanos 8:38-39). Venha para casa, e Eu vou fazer a maior festa que o céu já viu (Lucas 15:7). Eu sempre fui um Pai, e sempre serei Pai (Efésios 3:14-15). A minha pergunta é... Você quer ser Meu filho? (João 1:12-13). Eu estou esperando por você (Lucas 15:11-32).
... Com amor, seu Pai Onipotente, Deus.

domingo, 11 de julho de 2010

Paizinho...

Eu tenho um Deus
Que merece muito mais
Que uma simples canção
Que não me deixa voltar atrás
Na minha decisão
Eu quero louvar cada vez mais
Com louvores de um cristão

Senhor, eu quero ser Teu filho amado
Andar correto e ao Teu lado
Pretendendo Te engrandecer
Senhor, que me deu forma e me deu vida
Olha só que coisa linda:
Quem sou eu pra ter Você como Pai?

Sei que os Teus anjos estão aqui
Andando ao meu redor
A Bíblia diz que o cristão que te seguir
Nunca mais estará só

Senhor, eu quero ser Teu filho amado
Andar correto e ao Teu lado
Pretendendo Te engrandecer
Senhor, que me deu forma e me deu vida
Olha só que coisa linda:
Quem sou eu pra ter Você como Pai?

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Cativa-me!

- Que quer dizer "cativar"?
- É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. - Significa "criar laços"...
- Criar laços?
- Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender - disse o pequeno príncipe. - Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
- É possível - disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
- Oh! Não foi na Terra - disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito - suspirou a raposa.
Mas a raposa retomou o seu raciocínio.
- Minha vida é monótona. Eu caço galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E isso me incomoda um poco. Mas, se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fossem música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará com que eu me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe:
Por favor... cativa-me! - disse ela.
- Eu até gostaria - disse o principezinho -, mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou - disse a raposa. - Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas, como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? - perguntou o pequeno príncipe.
- É preciso ser paciente - respondeu a raposa. - Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, e sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor se voltasses sempre à mesma hora – disse a raposa. – Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três começarei a ser feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas, se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar meu coração... É preciso que haja um ritual.
[...]
Assim, o pequeno príncipe cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua – disse o principezinho. – Eu não queria te fazer mal, mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis – disse a raposa.
- Mas tu vai chorar! – disse ele.
- Vou – disse a raposa.
- Então, não terás ganhado nada!
- Terei, sim – disse a raposa -, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Assim tu compreenderás que a tua é única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te presentearei com um segredo.
O pequeno príncipe foi rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativaste ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu a tornei minha amiga. Agora ela é única no mundo.
E as rosas ficaram desapontadas.
- Sois belas, mas vazias – continuou ele. – Não se pode morrer por vós. Um passante qualquer sem dúvida pensaria que a minha rosa se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que todas vós, pois foi ela que eu reguei. Foi ela que pus sob a redoma. Foi ela que abriguei com o para-vento. Foi por ela que eu matei as larvas (exceto duas ou três, por causa das borboletas). Foi ela que eu escutei se queixar ou se gabar, ou mesmo calar-se algumas vezes, já que ela é a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus... – disse ele.
- Adeus – disse a raposa. – Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
- O essencial é invisível aos olhos – repetiu o principezinho, para não se esquecer.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
- Foi o tempo que perdi com a minha rosa... – repetiu ele, para não se esquecer.
- Os homens esqueceram essa verdade – disse ainda a raposa. – Mas tu não deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... - repetiu o principezinho, para não se esquecer.

(O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint-Exupéry)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Uma atitude nobre.

Já parou pra pensar como o nosso - o meu e o seu - comodismo é uma barreira para a construção de um mundo melhor? Quero dizer, o mundo não vai piorar se você ficar deitado no sofá enquanto assiste à programação de domingo, mas - e isso eu afirmo com toda a minha certeza - melhorar é que ele não vai!
Será que você tem noção de como poderia alegrar o dia de uma velhinha com uma simples visita a um asilo? E você tem noção do quão grande seria a felicidade de Deus por perceber que ainda existe amor nesse mundo cão? Será que você tem a ideia, por menor que seja, de como pode mudar radicalmente a vida de uma criança caso a adote? Ou de como pode levar mais vida aos últimos dias de uma pessoa com câncer no hospital? Por mais que uma atitude isolada pareça insignificante, ela faz muita diferença na vida de alguém.
Abra os olhos! Veja quanta miséria e pobreza há ao seu redor. Do outro lado da sua rua, fora do ar condicionado do seu carro, há pessoas morrendo de fome! Você acha mesmo que não tem nada a ver com isso? E ainda usa a falta de tempo como desculpa? Ah, fala sério! Então quer dizer que você tem tempo para assistir ao Domingão do Faustão e ao Pânico na TV; tem tempo pra dormir até mais tarde, pra passar horas e horas perambulando no shopping e mais outras tantas fuçando o orkut das pessoas e assistindo a vídeos superimportantes no youtube, mas não tem tempo pra ajudar a quem precisa de você? Muito interessante essa sua lógica.
E sua medula? Como vai? Sabia que, em algum lugar do mundo, deve existir alguém que necessita apenas de um pedacinho dela pra continuar vivendo? Numa visão radical, assassino é só quem mata ou é, também, quem deixa morrer?
Enquanto não saírmos desse comodismo em que o nosso umbigo é o centro do universo, não temos o direito de reclamar dos tantos horrores que vemos diariamente nos jornais. Então pegue seu controle remoto, desligue a televisão e vá fazer alguém feliz hoje!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Não que eu seja emo...

Quando eu era pequeno, costumava desesperar-me diante de qualquer situação que frustrasse algum plano meu: uma nota baixa no boletim, um brinquedo quebrado, um desentendimento com um coleguinha; tudo que me parecesse contrário ao fluir natural e pacífico angustiava-me de tal modo que eu chegava a ter a sensação de que aquilo nunca ia passar e, por vezes, viver me parecia desnecessário e sem sentido. Graças a Deus que existia mamãe. Ah, Dona Maria – meu consolo! Lembro-me certa vez em que papai estava me ensinando a andar de bicicleta... aconteceu o pior: havia uma pedra no meio do caminho. Eu perdi o controle e caí, ralando um dos joelhos no chão de cimento. No ápice daquela dor ardida e vendo o sangue em vermelho vivo escorrer pela minha perna, esgoelei-me e fui, aos prantos, pro encontro de mamãe. A dor parecia eterna, mas Dona Maria, usando de toda sua sabedoria medicinal, foi até a mercearia da esquina e comprou um picolé de chocolate. Foi quase instantâneo: bastou-me sentir o docinho gelado na boca, e a dor foi embora.
Hoje, na maturidade dos meus quarenta e oito anos, vejo como tudo era simples naquela época em que probleminhas se vestiam de monstros e me assombravam a noite inteira. Não havia dor que não sarasse com um beijo nem complicação que o tempo sozinho não resolvesse. Eu ainda nem sabia que existiam dores bem piores que as físicas: as da alma! Ninguém nunca me disse que viver era fácil, mas eu não fazia idéia de o quão difícil é. São tantos desejos pendentes, planos frustrados, feitos inacabados, vontades retidas, saudades esquecidas... e tudo isso dói lá no fundo de uma forma que nem o mais delicioso picolé do mais suculento chocolate poderia acalmar.
Nós vamos crescendo, vamos nos livrando de um probleminha aqui, outro acolá; mas outros tantos surgem e, em certo momento, já não sabemos o que fazer, a vida se assemelha a um longo túnel sem nem um resquiciozinho de luz no final. O que me parece mais óbvio a fazer é sentar e chorar, contudo isso não combinaria com minha maturidade nem com meus fiozinhos brancos que o espelho tem me revelado nos últimos meses. Então eu vou seguindo a vida sem nem mais questionar o sentido dela, esperando tão-somente o fato inevitável que me anestesiará de todas as dores para sempre.

Em 11/10/2009

sábado, 24 de abril de 2010

Lapso de sanidade.

Não tenho o que escrever - escrevo somente. Palavras soltas, sem conexão, estojo carro pudim. Palavras sem sentido em um mundo sem sentido; pra que buscar o sentido das coisas, então? Isso, francamente, não faz o menor sentido. A maior lucidez é ser louco! No mundo louco, quem é normal é, de fato, louco. E não tente entender o sentido da vida, senão você pode enlouquecer... Pensando bem, que diferença faz? A vida é mesmo uma loucura sem sentido, estojo carro pudim.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Encontro Regional dos Estudantes de Administração


Por que tudo que é bom dura pouco? O final de semana passou tão rápido, que eu nem percebi.

terça-feira, 13 de abril de 2010

;(

"Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair pra compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como?
Você vai dizer “te anima” e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer pra eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra.
Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra."

Não deu, não foi dessa vez. :(
Na prova do BNB, para não ser eliminado, o candidato tinha que fazer, no mínimo, 50% de cada prova. Minha situação foi a seguinte:
Português: 17 de 20
Matemática: 7 de 16
Atualidades: 9 de 14
Conhecimentos Bancários: 25 de 30
Bola pra frente, agora é só passar no concurso da Caixa (dia 16/05). E que seja feita a vontade de Deus!

domingo, 11 de abril de 2010

Sei lá...

"... tem dias que a gente olha pra si
E se pergunta se é mesmo isso aí
Que a gente achou que ia ser
Quando a gente crescer."

Eu não sei se sou exatamente a mesma Aline que idealizei alguns anos atrás. Certamente que não. Mas, sem sombra de dúvidas, sou muito feliz assim. Porque Deus é quem tem executado os planos em minha vida. Então passar ou não passar no concurso que fiz hoje (BNB) não vai me fazer mais triste, porque sei que é a vontade dEle se cumprindo na minha vida.

sábado, 10 de abril de 2010

Estou chegando.

Cá estou eu, voltando à era dos blogs.
Estou meio sonolenta, sem criatividade e tenho que dormir cedo, porque vou prestar um concurso pro BNB amanhã. Então deixo vocês aqui com um texto pra reflexão.

"Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um feito muito maior que o simples fato de respirar. Somente a ardente paciência fará com que conquistemos uma esplêndida felicidade."
(Pablo Neruda)